Polícia investiga supostas ameaças de morte a jornalista na região Central do Estado
O jornalista vem recebendo ameaças desde 2009
A Polícia Civil de Santiago instaurou um novo inquérito para investigar uma suposta ameaça de morte que um jornalista da cidade vem recebendo após denunciar irregularidades dentro do Hospital de Caridade do município, no ano de 2009. Na época, o jornalista, que teve sua identidade preservada, alegou ter sido torturado por pistoleiros do Mato Grosso, em razão das denúncias de desvios de verbas dentro da instituição.
O delegado que atendeu o caso, em 2009, foi José Ataídes Sartori. Na ocasião, o inquérito policial devido a sua complexidade, tornou-se um Termo Circunstanciado (é um registro de um fato tipificado como infração de menor potencial ofensivo ou seja, os crimes de menor relevância). Atualmente, novas ameaças de morte surgiram contra o jornalista. Hoje, o caso está nas mãos do delegado Cairo Adalberto Ribeiro, que irá investigar estas supostas ameaças que viriam de dois policiais civis e dois PMs.
Segundo a ONG - Repórteres Sem Fronteiras, ao menos 66 jornalistas foram mortos no mundo todo em 2011. Muitos deles ao cobrirem as revoluções árabes, a criminalidade no México e os distúrbios políticos no Paquistão.
Pelo segundo ano consecutivo, o Paquistão foi o país mais perigoso para o exercício do jornalismo, com dez profissionais mortos. No Oriente Médio, o número de jornalistas mortos dobrou em 2011, chegando a 20, e a América Latina teve um número semelhante de mortos.
Cerca de 1.044 jornalistas foram presos no ano passo (2011) - quase o dobro do número de 2010. A quantidade se deve principalmente à Primavera Árabe, mas também a protestos nas ruas de países como Grécia, Uganda, Chile e Estados Unidos. Uma reportagem da Folha.com aponta que o Brasil foi a terceira nação, na América Latina, com maior números de mortes a jornalistas em 2011, com quatro assassinatos registrados.
Fonte: Luciano Nagel / Rádio Guaíba