No final da tarde de uma sexta-feira de junho, fria e úmida, a banda ensaiava sob a cobertura do pátio do Colégio Estadual. O Adão Lopes(lumbriga) era o Mor e o Professor - João Amélio -. Da janela, assistiam a tudo as professoras Itelman e Espéria. Eramos todos apaixonados pelo que fazíamos, independente da condição social. Misturavam-se as filhas do Doutor Severiano e os meninos da Vila Nova. Uns nobres para a época, outros trazendo consigo a vontade de vencer, sem no entanto ter certeza da vitória!
Nesse mesmo dia, conheci uma menina morena! Não falei com ela, pois como dizemos não era para meu bico. Ela já estava comprometida.
Essa moça, deslumbrante, inatingível, passeava de mãos dadas com um homem bem mais velho. O nosso imponente e culto professor de moral e cívica. - Menélio Ribeiro - Ele, uma figura sempre impecavelmente vestida, com seus ternos escuros, camisas brancas e gravatas importadas. Ela, puro esplendor, saída de uma disputa de Miss Rio Grande do Sul. Era nossa Miss Santiago.
O tempo passou, a menina morena virou uma respeitada mulher. Estudou, graduo-se, pós-graduo-se e se habilitou para o Magistério. Tornou-se uma professora qualificadíssima.
Veio o sucesso e o reconhecimento. Diretora do nosso Colégio Estadual, Delegada de Educação, Assessora Especial na Prefeitura.
Seu grande amor foi embora para a Luz!
Ela manteve-se inflexível a criação que recebeu de pais honrados, dentro de uma família que serviu de modelo para gerações.
Infelizmente as coisas não andam e não se apresentam da forma que desejamos. Essa linda morena, hoje já com cabelos grisalhos, sem demonstrar que o tempo passou, mantém uma eterna beleza e a ternura de um ser incomparavelmente humano.
Sou testemunha ocular dos fatos. Se alguém nunca falseou com seus compromissos e obrigações foi a IOLANDA. No gabinete do Marco, sempre esteve à disposição dos que lá recorriam em busca de orientação e ajuda.
Não aceito, como operador do direito e jornalista, que de forma irresponsável e condenável se coloque em dúvida uma intocável história de vida. Clara a armação e o alvo!
Só para que todos entendam: A polícia federal não tem autonomia funcional para investigar nem funcionários do legislativo, tampouco seus integrantes legalmente eleitos.
Faço esta postagem em homenagem e em desagravo a uma das mulheres mais interessantes que já conheci em toda a minha caminhada de cigano, que irresponsavelmente sempre trilhei.
IOLANDA, saiba que sou um dos milhares de alunos que você viu entrar e sair pelo portão do estadual. Mesmo sem procuração, sei que represento o sentimento e o respeito de todos.
Se precisar de um advogado natural, eis-me aqui!
Texto: Dr. Leudo Costa