terça-feira, 6 de março de 2012

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Boa noite Serginho:

É, mas isso acontece sim!!!

Por qual razão tu presumes que eu adoeci "da cabeça" e pelo estresse crônico desenvolvi doença de Addison???

Pelas ameaças de morte e outras punições que sofri e não adiantou nadinha ocorrência policial, ter apoio político, ser requisitada para a ALERGS, muito pelo contrário, mais fui penalizada, hoje, 40 kg mais gorda do que eu era em 2001, pois na época pesava 50kg, doente psicológica e fisicamente, não recebi amparo, proteção de ninguém, aliás, ninguém sabe se estou viva...

Abs

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Helena







Caro blogueiro.

Leitor frequente de seu blog, também manifesto-me pelo esclarecimento dos fatos nebulosos e condenáveis que envolveram sua pessoa.

Sou testemunha de sua constante preocupação com o efetivo papel da mídia no sentido de apresentar as diversas versões de um fato. Posso divergir eventualmente por alguma colocação sua mas no principal, no núcleo, no mérito, no âmago das informações opinativas estou com o blogueiro e não abro.

Tento acompanhar, via net, os acontecimentos da minha cidade natal e confesso que às vezes não tenho estômago para aguentar tanta manipulação. Alguns veículos até tentaram exercer alguma espécie de imparcialidade. Não resistiram muito tempo, parece. Logo às primeiras investidas o patrocínio, as baladas, as festinhas, as viagenzinhas corromperam as supostas isenções midiáticas. Não existe nem a preocupação de parecer ser: a cooptação midiática é quase total. Quem tem algum tipo de influenciazinha, de poderzinho delegados pelo meu povo simples e crédulo, exerce o toma-lá-da-cá de maneira acintosa, vergonhosa mesmo. E a imprensa livre e imparcial, agora já não tão livre nem tão imparcial, aos poucos começa a censurar, a truncar, a tirar certos temas do debate, colocando, em seu lugar os boletins diários dos plantões policiais. Não existe coisa maior a debater? Ou as intrigas, o bar do Brauner, as brigas de vizinhos e a lei Maria da Penha são mais importantes que os debates de onde, quando e quanto aplicar dos escassos recursos públicos? Ou também isto é assunto tabu onde ninguém toca exceto os deuses e seus ungidos na terra?
E o povo da minha terra à tudo assiste passivamente igual gado, que de cabeça baixa, se encaminha lenta e inexoravelmente ao abate.
Claro, anestesiados por factóides, por falsos dilemas, por falsos debates. Vislumbrados por mais uma rua asfaltada.
E o futuro, o médio prazo, o longo prazo inexis tem? Os empregos? A potabilidade da água que vai às torneiras, que vai ao mate? A educação de qualidade para o mercado de trabalho?
Até quando seremos meros fornecedores de massa bruta de trabalho braçal para outras cidades do estado e do país?

Perdoe minhas divagações mas elas também são necessárias. Não se faz um ser humano pela metade. Ele possui o bem e o mal tentando conviver na mesma pessoa.

Enfim, mesmo desconhecendo os detalhes do atentado covarde de que foi vítima há uma luz no horizonte com a reabertura do inquérito, das investigações e da sua pauta na mídia. Isto é animador.
Não que eu acredite em resultados muito alentadoras à vida democrática, infelizmente. O que tenho visto, presenciado e acompanhado por muitos anos me fazem totalmente cético, mas como disse e repito: é um começo. Àqueles que se acham senhores da verdade, acima das leis, donos dos empregos e da máquina pública, é muito bom saber que terão, no mínimo, uma dorzinha de barriga com as investigações em curso e com seus nomes no boca-a boca popular.

Por último, lembro-lhe do acontecido recentemente em Floranópolis com o blogueiro 'tijoladas do mosquito' que ousou trazer ao debate público figuras carimbadas da política, da imprensa, esquemas mafiosos de corrupção da coisa pública: primeiro secaram sua fonte de renda, seus patrocinadores, ameaçando-lhes. Depois cortaram-lhe o acesso à qualquer meio de sobrevivência e meteram-lhe processos por calúnia e difamação. Não lhe restou muitas opções: a dignidade e o suicído.

Com cordial respeito
do conterrâneo
Weimar.