Presidente e administrador foram afastados sob
suspeita de desvios.
Diretoria foi destituída e grupo gestor designado para assumir a instituição.
Diretoria foi destituída e grupo gestor designado para assumir a instituição.
O Ministério Público (MP) investiga possíveis
irregularidades no Hospital de Caridade. O presidente e o administrador da
instituição foram afastados sob suspeita de desvio de verbas, e um grupo gestor
assumiu temporariamente.
Os dois são suspeitos de utilizarem notas fiscais
falsificadas, com prestação de serviços que não ocorriam e com a aquisição de
equipamentos que nunca existiram.
As investigações do MP iniciaram há quatro meses e corriam sob sigilo.
Nesta semana, a promotora pediu ao Conselho Fiscal do hospital o afastamento do
presidente e do administrador por suspeita de utilizarem notas fiscais
falsificadas para a prestação de serviços que não ocorriam e aquisição de
equipamentos que nunca foram comprados.
“Essa situação se iniciou a partir do momento que
fomos procurados por funcionários do Hospital de Caridade. Estas pessoas já nos
procuraram com uma base documental bastante sólida. Nós acreditamos que muitos
outros elementos venham aos autos e, talvez, seja apurada a participação de
outras pessoas”, conta a promotora de Justiça Aline Stefanello Segnor.
Uma auditoria interna será feita para verificar o
quanto foi desviado, se existem mais irregularidades e outras pessoas
envolvidas. O MP deve concluir as investigações em 30 dias. Depois deste prazo,
deve propor ao MP Federal uma ação conjunta na Justiça Federal por envolver
verbas da União.
O administrador do hospital afastado disse que só
vai se pronunciar após receber orientação do advogado. O presidente do hospital
não foi encontrado.
Por 180 dias, o hospital será administrado por dois
funcionários, dois médicos do corpo clínico e quatro servidores da prefeitura.
O estatuto do hospital será reformulado para que as contas sejam abertas à
sociedade e os funcionários possam fazer parte da diretoria.