No
último sábado (26/5), durante segundo dia do 3º Encontro de Blogueiros, os
participantes defenderam o início de uma grande mobilização nacional pelo
cumprimento da Constituição Federal, que garante a liberdade de expressão aos
brasileiros. “Nada além da Constituição” seria o lema do movimento, que
teria o seu auge no dia 5 de outubro, data em que se completa 24 anos de
promulgação da Constituição de 1988, com uma grande ação em defesa da Carta
Magna brasileira.
A
ideia partiu do jornalista e ex-ministro das Comunicações Franklin Martins
e foi encampada pelos participantes do encontro. Na mesa, Paulo Henrique
Amorim, Eduardo Guimarães, Esmael Morais e Emílio Gusmão falaram do uso de
ações judiciais como forma de intimidação e tentativa de censura de suas
páginas, mesma experiência relatada via telefone por Lúcio Flávio e por outros
blogueiros de diversas partes do Brasil.
“A
Justiça não tem o poder de censura. Só tirem os posts do ar após a decisão do
Supremo, porque nenhum juiz tem poder de censura no Brasil”, afirmou Paulo
Henrique Amorim, autor do blog Conversa Afiada, um dos principais
defensores da ideia.
Amorim
tem motivos de sobra para defender a campanha, já que responde atualmente a
dezenas de processos referentes a conteúdos veiculados em sua página, 24 deles
proposto apenas pelo banqueiro Daniel Dantas.
“Nós
fomos responsáveis por um processo político irreversível no Brasil. Antes de
nós, o José Serra e o Fernando Henrique Cardoso davam três telefonemas e
calavam o Brasil. Hoje isso não é mais possível”, afirmou. “Temos que
multiplicar o número de participantes dos debates por mil. O nosso debate não é
de blogueiros políticos, é muito mais que isso, é o da democracia”, concluiu,
de acordo com o portal Correio do Brasil.
O
presidente do movimento dos Sem Mídia, Eduardo Guimarães disse que
"resolveu ir para o combate com esta gente há algum
tempo". Guimarães ressaltou também a mudança de posicionamento da
grande mídia e de parte da sociedade em relação aos blogueiros. “Está havendo
uma reação. Eles estão nos xingando e buscando formas de nos intimidar. Antes
eles nos ignoravam, mas agora estão reagindo com a judicialização e a ameaças
de agressão. As ações não existiam antes porque éramos ignorados”, declarou.
(Redação Portal Imprensa)