Nesta semana chegou a triste notícia que o filho da coordenadora do curso de Direito da URI estaria cursando direito na Unifra em Santa Maria.
Publiquei com certa reserva, pois é difícil de acreditar que isso tenha ocorrido, mas nesta sexta-feira veio a confirmação de Santa Maria: Vinícius é aluno do 2º semestre Curso de Direito da Unifra.
Um leitor me enviou um e-mail questionando minha posição, o qual transcrevo abaixo e em seguida minha posição:
Olá, esta olhando os blogs aqui de Santiago quando me deparei com uma postagem
dizendo que o senhor tinha recebido informações que "filho de
professora do Direito estuda direito em Universidade Particular, porém
em outra cidade", e que o senhor acha que seu cargo deverá ser
entregue imediatamente". Mas gostaria de saber o porque desta sua
opinião dão agressiva em relação a escolha do jovem, afinal vivemos em
um país livre, podemos exercer de nosso livre arbítrio, assim podemos
escolher onde queremos estudar, não vejo nada de mais para esta
professora entregar seu cargo, apenas porque seu filho escolheu
estudar em outra cidade, principalmente uma cidade com mais recursos
do que a nossa.
Gostaria que o senhor explica-se melhor sua opinião sobre o assunto,
principalmente o do por que, de tanta ênfase na escolha do jovem, por
optar por outra faculdade, afinal vários santiaguenses fazem isso
todos os dias.
Att.
--
Rafael Perazzolo
(55) 9143****
Caro Rafael:
Obrigado por ler meu blog. Porém saliento que o blog é de opinião pessoal.
Minha posição radical justifica-se porque se o filho da coordenadora estuda fora isso vai contra tudo o que é pregado na universidade.
Como fica o discurso de que possuímos um dos melhores ensinos na área do direito?
Sendo um dos melhores por que o guri foi estudar fora custeado indiretamente pela URI?
Como a professora irá pedir em campanhas de vestibular que façam direito na URI, se ela mesmo não acredita na universidade?
Ela também não acredita que ela e seus colegas sejam bons o suficiente para ensinar seu filho?
A Unifra pode sim dizer que possui o melhor ensino, pois os "trouxas" pagam os professores que aplicam o dinheiro em outra universidade.
Quanto a outros casos cito alguns exemplos:
A filha da professora Ione se formou em direito na URI,
A filha da professora Angélica trancou a faculdade pública e escolheu psicologia na URI;
A filha do professor Chico, a Bruna, estava cursando Direito na URI e o só saiu pois o curso que ela desejava a URI não possui.
Enfim poderia citar vários casos e ainda se a “mãe professora” não ocupasse o cargo de coordenadora até que com muita boa vontade poderia se aceitar, mas não é o caso.
Acho que os alunos, pais e colegas da coordenadora merecem uma explicação oficial, sob pena do trabalho da coordenação do curso de direito ficar sob suspeita.
