segunda-feira, 10 de junho de 2013

Entenda melhor como funciona o sistema de grampos do Guardião





ESCLARECIMENTO DA DÍGITRO SOBRE O SISTEMA GUARDIÃO

Em razão de notícias veiculadas nos últimos dias na imprensa a Dígitro esclarece:

1. O Guardião é um sistema produzido pela Dígitro, com tecnologia 100% nacional, desenvolvido por técnicos brasileiros pertencentes aos quadros da empresa, utilizado para apoiar as ações de interceptação legal empreendidas pelos Órgãos de Estado habilitados para isso. O Guardião não intercepta (não "grampeia") ligações telefônicas. É um sistema passivo: recebe as informações de dados e voz interceptadas pelas Operadoras de Telecomunicações. A interação entre o Guardião e a Operadora é feita através de conexão especial, controlada, que interliga o Órgão Usuário à Operadora. É fácil perceber que não há como o mesmo ser utilizado por particulares:

1. A Operadora não intercepta "alvos" sem autorização judicial;

2. A Justiça não concede Alvarás para entidades privadas ou pessoas;

3. As operações investigativas são normalmente acompanhadas pelo Ministério Público.

4. A Dígitro não vende o Guardião para entidades não habilitadas — e só entidades de Estado são habilitadas. Cada equipamento tem número de série. A distribuição é controlada. Não existe a hipótese de uso “avulso” do equipamento. A implantação e operação só são possíveis com técnicos preparados e treinados para esse fim.

A respeito de alegada varredura, como toda empresa que fornece para o Estado, a Dígitro e seus contratos são públicos. Logo, naturalmente verificados pelos órgãos competentes para a fiscalização.

Sobre o desenvolvimento do Guardião, não procede a informação de que o sistema tenha sido desenvolvido por um grupo de policiais federais e depois vendido à Dígitro. A distorção fere os anos de dedicação e esforços desmedidos empregados por um grupo significativo de profissionais de nossa empresa, que tomaram para si, desde o começo, a tarefa de construir dispositivo dessa envergadura. Tais profissionais receberam inúmeras solicitações de membros das comunidades de segurança e defesa, e continuam recebendo, para a atualização permanente das tecnologias e atender às novas características das investigações. Ademais, o Guardião nunca foi considerado um substituto das "antigas malas de grampo" —a Dígitro não trabalha com o conceito das malas: como já afirmado, o Guardião funciona a partir de interligação física controlada com as centrais telefônicas de Operadoras.

Geraldo A. X. Faraco
Presidente da Dígitro