sábado, 17 de julho de 2010

NÃO SOMOS TROGLODITAS. PAREM AS AMEAÇAS. PARABÉNS JÚLIO PRATES


Não adianta me ameaçar em divulgar meus problemas particulares, pois não escondo eles, porem aviso não admito ameaças de marido de ninguém e de professor algum. Não vou me calar, se tiver apoio vou liderar o movimento para uma ampla discussão sobre o rumo do curso de direito em Santiago. Obrigado pelas ligações e mensagem de apoio, mas lembro essa causa não é só minha é de todos os bacharéis formados e os acadêmicos de direito.
Abaixo destaco um trecho do brilhante texto do bacharel em direito e jornalista Julio Prates:

“...É essa dialética da transposição e da interação que pode criar o foco da harmonia entre Mestres e alunos. O bom Mestre sabe conduzir seus alunos, sabe orientar, sabe fomentar, saber despertar interesses. O bom mestre não acusa, educa; e o bom mestre não generaliza todo um contigente a partir de eventuais deslizes individuais, afinal ele precisa ter discernimento e a noção nobre do ato de ensinar e transmitir conhecimentos.
Agora, decidamente, quando os Mestres vão para a imprensa e, despudoramente, acusam os alunos pelo baixo rendimento de um curso, estamos diante de um caso complexo. Primeiro, está admitido o fracasso, com o agravante que tudo se tornou público. Segundo, que tipo de interação poderá haver, doravante, entre professor e aluno, se já se demarcou a culpa e os alunos já sabem que eles é que são os culpados. Aprioristicamente, já existe uma sentença, os professores já foram absolvidos e os alunos já foram condenados.

Aliás, a professora Adriane externou uma opinião que é defendida por outros professores e não será esse consenso um pacto de mediocridade para justificarem-se perante a sociedade pelo baixo rendimento dos seus alunos?
Ninguém me tira da cabeça, a despeito de reconhecer o quanto existem professores bons e talentosos no curso de direito da URI, que essa transferência de responsabilidade e jogo de culpa, é um expediente muito safado, muito oportunista, até porque a URI é uma universidade onde os alunos pagam para receber a formação e, na medida em que pagam, os resutaldos devem aparecer. Do contrário, a continuaram esses índices vergonhosos de reprovações no exame de ordem, vai chegar o dia (se é que já não chegou) em que a sociedade vai colocar em dúvida a própria razão de ser da universidade e de uma faculdade de direito. Ora, uma faculdade particular, cujos professores são pagos pelo dinheiro das mensalidades do alunos, formar mal e ainda justificar a péssima formação discente, acusando os próprios discentes que lhes pagam, sinceramente, é uma das coisas mais estúpidas que eu já vi nos últimos anos em Santiago...”