sábado, 17 de dezembro de 2011

Jorge Martins fala ao Diário de Santa Maria

A defesa do prefeito afastado de São Vicente do Sul, Jorge Martins (PTB), que teve o cargo declarado vago pela Justiça em outubro deste ano, obteve , no Tribunal de Justiça do Estado, a suspensão do decreto do Legislativo que o tirou do comando da prefeitura. O advogado do político, Fabiano Barreto da Silva, diz ser questão de tempo para que Martins retorne para a prefeitura.

A suspensão do decreto do Legislativo é referente à ação judicial em que Martins é acusado de ter autorizado a compra de remédios que não constavam na farmácia municipal para moradores da cidade em farmácias comerciais no período de maio de 2007 a novembro de 2008.

– O que tinha contra mim era uma ação civil pública pela suspensão dos meus direitos políticos (pelo período de três anos) e o pagamento de multa. Mas me tirar da prefeitura não é justificável. Eu, em momento algum, coloquei em risco o andamento das investigações – avalia Martins.

O prefeito afastado já projeta a data do seu retorno: janeiro de 2012. Porém, ele segue impedido de reassumir porque recaem sobre ele acusações de suposto enriquecimento ilícito na contratação da empresa de lixo na cidade – a Wambass Transportes, de Porto Alegre. O Ministério Público (MP) acusa o prefeito de ter obtido vantagens pessoais em troca de suposto favorecimento. Martins nega as acusações e diz desconhecer qualquer fraude envolvendo o seu nome.

O presidente do Legislativo de São Vicente do Sul, Paulo Sérgio Rodrigues Flores (PMDB), diz já ter revogado o decreto da Casa, na manhã de sexta-feira, e avalia como prudente o retorno de Martins ao cargo.

– Neste momento, o vice-prefeito Roberto Farias Nagera (PTB) é apenas o substituto. A gente sabe que há uma outra ação em curso na Justiça contra ele (Jorge Martins), mas acredito que o Jorge deva voltar e concluir o seu mandato – disse Flores