Há poucos dias quando o Leomar Guerra faleceu veio a tona um esquema entre as revendedoras de automóveis 0 km e os chamados “picaretas”.
No esquema (que aparentemente não é ilegal) a concessionária recebia o veículo usado na troca pelo novo ou seminovo e repassava direto as garagens por um valor baixo, sendo que muitos são vendidos à credito para ser pagas após comercializados nas garagens.
Porém o falecido recebeu dos clientes e não repassou a Felice.
Então a concessionárias acionou judicialmente os clientes que supostamente já pagaram pelo veículos.
Em minha opinião acho que a Justiça deverá consagrar o direito de posse e mandar a Felice cobrar os herdeiros.
Mas o que aparentemente parecia um erro está se repetindo novamente.
Vejam esse caso:
Um amigo soube que a Jaqueline iria “entregar” seu Tempra na Felice. Ele foi até agencia e falou com um vendedor chamado Gustavo que garantiu que assim que o negócio fosse concretizado com a Jaqueline iria ligar para meu amigo e fechar o negócio.
Hoje ele procurou a Jaqueline e soube que ela havia entregado o Tempra na sexta-feira. Então foi até a Felice, feliz da vida, para comprar o automóvel.
Chegando lá quase não foi atendido, pois os funcionários estavam se “deliciando” com um coquetel e pouca atenção lhe deram. Após alguns minutos veio um vendedor e a ele foi exposta a pretensão do negócio.
Por surpresa o atendente disse que o Tempra já havia sido repassado a um “picareta” e que meu amigo fosse atrás. Desiludido ele ainda ponderou: “mas eu deixei meu telefone com o Gustavo, estou com o dinheiro na mão. Será que tu pode fazer alguma coisa?”
A resposta foi um NÃO e disse que a Felice tinha uma procuração da Jaqueline e vendia pra quem quisesse.
Pois bem, eu questiono o seguinte:
Será que a Felice não deveria dar entrada desse carro na firma e preencher o documento de transferência e comunicar ao Detran isentando a cliente de responsabilidades desse carro que ela sequer sonha com quem está?
Digamos que uma pessoa não habilitada vá até essa garagem que está com esse Tempra e “pegue” o carro para experimentar e atropele uma criança. Quem seria o responsável?
Seria a garagem ou a Felice?
NÃO será a Jaqueline que inocentemente apenas assinou uma procuração para a concessionária.
Por fim creio que o departamento jurídico e meu amigo Elton Doeller não sabem dessas “negociatas” e logo tomarão as providências cabíveis para sanar esse erro.
